sábado, 29 de novembro de 2008

Koyu: “vivemos a mudança de uma virada histórica”

Maurici de Oliveira

Koyu Iha, 68 anos, santista, casado com dona Yoshico, professora aposentada, foi vereador em São Vicente de 1969 a 1974, deputado estadual de 75 a 77, prefeito de São Vicente de 77 a 81, deputado estadual de 83 a 87 e deputado federal (Constituinte) de 87 a 91. Koyu foi deputado por mais duas vezes, de 91 a 98, tendo também coordenado a AGEM - Agência Metropolitana. É atualmente membro do Conselho de Administração da Cetesb. Oriundo de uma família com mais de 500 anos, em Osaka, no Japão, Koyu adotou a Pompéia para viver, há mais de 15 anos. Para ele, que ajudou a escrever a Constituição atual, o período é muito fértil para a política, pois vivemos “a mudança de uma virada histórica”. Confira.

O que mudou significativamente no Brasil após a abertura política?
Koyu Iha -
O país não só mudou muito como melhorou muito. A participação, as liberdades, o conteúdo social e econômico... O país evoluiu na participação, no direito de participar, de atuar como cidadão, não só como político, mas como cidadão, porque para ser político é preciso ser cidadão. E não há diferença entre o político e o cidadão.

Para o senhor, que ajudou a escrevê-la, e por ocasião do vigésimo aniversário, quais as grandes contribuições da Constituição de 88?
Koyu Iha -
Trouxe avanços fabulosos que hoje temos nos direitos individuais, nas garantias, nos fundamentos do ser humano. É uma Constituição feita para gente, para o homem. Ela é nitidamente humanista. Acho que é algo que avançou muito. Além de uma nova conformação do estado e de governo, os direitos fundamentais do homem, são estes fundamentos os grandes avanços da Constituição de 88.

Há defeitos? Os defeitos só puderam ser visualizados após a queda Muro de Berlim. E não se esqueça que aquele Congresso que estava lá, Constituinte, era uma massa de cultura formada de uma geração que veio participando, que participou dos avanços de 68, do que era proibido proibir, da mini-saia, do rock. Ela mostra uma tendência muito forte a uma guerra fria, que hoje não existe. O contexto da guerra fria dá uma divisão em nível ideológico muito grande e nós tínhamos recém-saído de um processo autoritário e ditatorial. Aquela plenária refletiu todos os anseios de liberdade que o homem queria, principalmente para seu valores. Deu-se contorno para a formação do estado, deu-se uma nova elaboração, e acho que as novas modificações que se fazem necessárias, foram de conteúdo econômico, mas isso só veio ter uma transparência muito grande de sua necessidade após a queda do Muro de Berlim, que foi um ano após a promulgação da Constituição. A queda do Muro de Berlim refez as forças em nível terrestre, global, em nível ideológico. A partir daí vieram todos os avanços, o neoliberalismo... Mas, acho que o estado hoje é suficientemente rápido a exercer suas funções. Se olharmos a história brasileira, nunca tivemos 20 anos de tranqüilidade institucional. Este simples fato já é para o Brasil um avanço muito grande.

Após a queda do muro teve de se refazer as forças, de como vai se dar com o capital, com o mundo financeiro, que estourou, e agora temos esta crise e parece que tudo vai afundar. Até onde o estado deve regulamentar? Acho que os jovens políticos eleitos têm de refletir com muita tranqüilidade sobre o momento em que estamos vivendo. É a mudança de uma virada histórica. Qual é a função do mundo financeiro, ou do capital, sobre o estado? Antes desta crise financeira que ai está, no mundo todo, o dinheiro, o capital, as finanças comandavam a política. Ora, finanças visam lucro. A competência do estado é praticar a justiça. Aquele que não tem capital deve ter oportunidade igual àquele tem. Até agora, sempre que se falava em participação do estado, se falava que estado não podia participar, porque interferia na atividade individual ou no processo de avanço de cada um. Ocorre que, historicamente, quando este mundo capitalista, o mundo financeiro, vai para as águas, quem é que socorre? É o estado. Eu que sou cidadão comum estou pagando o ônus desta especulação. O fato é que fizemos uma Constituição que permite ao governo mexer no sistema econômico, o que mostra que o país está capacitado a superar este momento. A Constituição permite tudo isso.

Vivemos um momento rico para fazer política. Hoje, a ideologia da minha geração não satisfaz mais a ideologia da nova geração, e o sistema financeiro da minha geração, não satisfaz mais. Tem ai uma dicotomia. E sempre ouvi dizer que o trabalho prevalece sobre o capital. Quando têm lucro, o capital divide entre eles. Porque quando o capital cai em desgraça, quer a proteção do estado? Alguma coisa tem que ser mexida. Os políticos, os acadêmicos, as universidades, os especialistas, têm de conversar muito para ver qual a alternativa que vamos deixar para as próximas gerações.

Como o seu partido, o PSDB, sai das urnas?
Koyu Iha -
Em Santos, eu parabenizo o diretório municipal. Conseguimos eleger três vereadores e temos o vice –prefeito, que é do nosso partido. Em nível regional tivemos atuação razoável e em nível nacional acho que o PSDB fica entre os três maiores partidos. O PSDB é alternativa de poder.

Como é sua relação com o bairro da Pompéia?
Koyu Iha -
Moro no bairro há mais de 15 anos. Aqui tem tudo, me sinto privilegiado. É uma tranqüilidade. É um bairro de alta densidade, porém tranqüilo, não tem muito agito. Qualquer serviço que se queira existe no bairro.

O sr. acompanha as ações da SMBP?
Koyu Iha -
Acompanho pelo jornal. Acho um grande beneficio para a comunidade ela conhecer a si mesma. Acredito que o processo de conhecimento do bairro, de suas pessoas, seja uma das funções da Sociedade e do jornal, que atingem este objetivo. Se as pessoas começam a conhecer o que o bairro tem de diferente e oferece de diversão e entretenimento, mais que isso, começa a dar a cada cidadão do bairro a estima de morar no local. Se cada sociedade fizer isso, dar ao cidadão a estima de morar em seu bairro, começamos a fazer o cidadão gostar de participar do seu bairro e da sociedade. Acho que esta função está sendo feita, com grande mérito. Muito obrigado e um abraço em cada um.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bairro da Pompéia completa uma década de existência com várias atividades

(Do Diário Oficial de Santos)

Com uma população de quase 11 mil habitantes, um perfil socioeconômico diferenciado e uma boa infra-estrutura, em termos de comércio e prestação serviços, o bairro da Pompéia, o mais novo de Santos, completa nesta terça (25) dez anos de existência. Para comemorar a data, a Sociedade de Melhoramentos do bairro promoverá de sexta-feira (28) a domingo (30) uma série de atividades sócio-recreativas.

Na sexta, na Igreja da Pompéia (Praça Benedicto Calixto), às 20h, haverá a apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos. No sábado (29), das 13h às 18h, na Praça João Barbalho (Av. Marechal Floriano com Rua Ceará), será promovida uma tarde de lazer, reunindo diversas atividades: jogos lúdicos, brincadeiras, espaço leitura, e prestação de serviços de saúde, como medição de pressão arterial, orientação sobre DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), corte de cabelo, entre outros. Já no domingo, em frente ao Monumento do Descobrimento da América (jardins da orla em frente ao Pão de Açúcar, na Av. Presidente Wilson), às 16h30, haverá a apresentação do Conjunto Santista de Violões.

O bairro, que foi desmembrado do José Menino, possui uma área de 476 mil m² e tem como limites as avenidas Bernardino de Campos, Pinheiro Machado (entre os canais 1 e 2), Presidente Wilson e Francisco Glicério. O Pompéia reúne modernos edifícios, residências suntuosas e um comércio dinâmico com restaurantes, bancos, farmácias, supermercados, academias, além de escolas e universidades.

Além da Igreja, que dá nome ao bairro, a área também abriga a Escola Radical de Surfe, a Fonte do Surfista, a Senat (Seção Núcleo de Atendimento ao Toxicodependente), na Rua Paraíba, que atende quase cinco mil pessoas e reúne grupos e oficinas terapêuticas de atendimento médico, e a Caixa de Pecúlio e Pensões da prefeitura.

Para o presidente da Sociedade de Melhoramentos do Pompéia, José Carlos de Almeida, Kakulé, “o bairro tem de tudo e mescla qualidade de vida com uma ótima infra-estrutura. Além disso, grandes empreendimentos imobiliários vêm sendo realizados na região”, ressaltou Kakulé, lembrando também que a entidade tem um jornalzinho, o Pompéia em Ação, que serve de canal de integração com a comunidade.

Moradores e comerciantes também elogiam. “É o melhor lugar da Baixada Santista para se viver. Tudo que quiser você acha aqui. Não troco o Pompéia por nada deste mundo”, destacou Adilson Durante, que reside no bairro há mais de 30 anos e é dono da Loja Ki Portas. Já Roberto Santos, proprietário da Panificadora Nossa Senhora da Pompéia há quase 30 anos e que, inclusive, ofertou o bolo de aniversário dos festejos, também adora o bairro. “Aqui todo mundo é amigo. O ambiente é familiar, tranqüilo e com uma infra-strutura invejável. É bom demais”. (Fotos: arquivo SMBP)

Mais sobre o tema:
Bairro mais novo da Cidade completa dez anos nesta terça

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

SMBP programa festa de aniversário de dez anos

A Sociedade de Melhoramentos do Bairro da Pompéia programa uma grande comemoração pelos dez anos de emancipação do bairro. Veja alguns eventos da festa de aniversário e programe-se:

28/11/08 – Orquestra Sinfônica Municipal de Santos
Local: Igreja Nossa Senhora do Rosário da Pompéia
Horário 19h30

29/11/08 – Rua de Lazer (jogos, brincadeiras e apresentações culturais, serviço de saúde e social e apresentações de duas academias do bairro)
Local: Praça João Barbalhos s/nº
Horário: 13h00 às 18h00

30/11/08 – Camerata de Violões
Local: Monumento do V Centenário do Descobrimento da América
Local: Jardim da Praia – próximo ao Posto 2
Horário: 16h30

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

SMBP firma convênio com Laboratório

A SMBP realizou mais uma parceria em benefício da comunidade da Pompéia. O convênio com o Laboratório Cellula Mater oferece à comunidade um desconto de 50% na tabela particular sobre os exames laboratoriais.

Entre os diversos serviços prestados pelo laboratório estão análises clinicas, teste de paternidade, citologia e pesquisas clínicas, além de atendimento domiciliar e apoio à medicina ocupacional.

As unidades de atendimento ficam em Santos, na rua Carvalho de Mendonça, 247, conj. 54, telefone, 3469-2848 e em São Vicente, na Rua Antonio Emmerick, 777, telefone 3469-2848.